sábado, 6 de novembro de 2010

Outubro Intenso

Após uma semana pós feriado de muito sol aqui no Rio, temos novamente um sábado chuvoso por aqui. Enfim estou em casa tranqüilo. Momento pra lembrar que há tempos não posto nada no blog. Infelizmente não consegui postar a tempo um texto sobre o Pixies, por conta da vinda do show deles no SWU, que foi inesquecível, da mesma maneira quando eles vieram em 2004 e que foi tão importante naquele momento da minha vida. Meses depois daquele show, largava o mestrado e descobriria os encantos do Sul e do Planalto Central.

Espero futuramente falar mais sobre o Pixies, talvez a banda mais importante da minha vida. Enquanto isso, ponho pra tocar La la love you, o som que mais me marcou naquela noite de Itu...





Além do SWU, praticamente viajei todo fim de semana, muito por conta dos feriados, mas também em razão de algumas confraternizações com os amigos, como o casamento do Carlinhos e a reunião da turma da velha guarda em Atibaia. Também esse tempo foi marcado por algumas visitas no meu ap, bom pra sair pelos bares do Lapa e Botafogo, além de tomar umas com as visitas em casa. Nesse meio tempo passei um fim de semana em Ilha Grande. Muito bom a vilinha de Abrãao à noite.


Tempos de eleição e me surpreendi com as manifestações de preferência de voto na internet, e que muito me decepcionou sobre o nível educacional dos muitos que participam na rede. Me envolvi nas discussões a respeito da questão do aborto, sustentabilidade, privatizações, papel do Estado e da Igreja, evangélicos, Tropa de Elite.

Tempos que foi legal sair 2 sextas em Sampa com Alex, Diogo, Playmobil, Bucha e Paulão. Bom sentir como a cena musical paulistana está quente e com tanto som bom rolando lá pelo Baixo Augusta, com Tapas e Talco Bells. Algo tão cosmopolita que poderia ta rolando em qualquer lugar do Mundo. Também foi muito bom beber e conversar com amigos que fazia tempo que não ficava até a madrugada, como foi no feriado em SP quando troquei altos papos com minha irmã, Celso e Ju. Numa das outras madrugadas, com muita cerveja, falei sobre yoga e budismo com o Mequetrefe, amigo das antigas, do violão, que há tempos não via e foi resgatado pelo Edu. Numa hora ele me fez acompanhar seu gesto que me lembrou do desenho que Sinclair ganhou de Sidarta, nome do livro que li nesse ano que tanto me trouxe inspiração de vida. Aproveito pra por a música daquela noite, que consegui fazer um solo magistroso, e me deu vontade de me envolver novamente com o violão. Mapa do Meu Nada, Cássia Eller.

Doido desejo chupando dedo num beco
cheio de bêbados trêbados
Chutando os prédios, pregando prego no prego
Réu da razão, do suplico, cuspe fútil
Nessa estrada cariada
Só você é o meio-fio de luz
Contramão sinalizada
No mapa do meu nada
Canção emocionada
Trajeto por teus fios







Em diversas dessas conversas veio a tona o momento do meu questionamento sobre algumas coisas na minha vida, como a tensão do meu trabalho e a solidão do Rio. Parece uma energia saltando de mim, que já não aceita mais o mundo kafkaniano que parece que me meti. Burocracia, conservadorismo, superficialidade, estabilidade, individualismo. Fazer coisas que eu não gosto, só porque alguém mandou, como diz a música Sapato 36, que toquei na festa de Atibaia e que fez muito sucesso por lá, talvez por conta da presença do meu pai naquele momento, no meio de tantos jovens de 30 e 40 anos...Inclusive toquei essa música por conta do bar que eu fui na Lapa em que pedi pra Tocar Raul e os caras me vieram com esse som, mais Meu Amigo Pedro e SOS.


Pai eu já tô crescidinho
Pague prá ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto
Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade








E olha que coincidência. Presto atenção na letra de um som rolando na vitrola. Outro sonzasso da Gal que descobri há pouco tempo:

Pois agora vou recomeçar
E daqui pra frente eu vou mudar





Aproveito para por o som Meu nome é Gal, que tocava enquanto escrevia esse post. Admiro todos eles também:

“Meu nome é Gal, tenho 24 anos
Nasci na Barra Avenida, Bahia
Todo dia eu sonho alguém pra mim
Acredito em Deus, gosto de baile, cinema
Admiro Caetano, Gil, Roberto, Erasmo,
Macalé, Paulinho da Viola, Lanny,
Rogério Sganzerla, Jorge Ben, Rogério Duprat,
Waly, Dircinho, Nando,
E o pessoal da pesada
E se um dia eu tiver alguém com bastante amor pra me dar
Não precisa sobrenome
Pois é o amor que faz o homem."


Nenhum comentário:

Postar um comentário