quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nostalgia de Brasília, Beirute e do povo de lá





Engraçado como certas coisas do nosso passado ficam guardadas com carinho conforme o tempo vai passando. Com certeza Brasília pertence a essa categoria. Cidade onde passei meus primeiros meses de casado e local onde tive grandes parcerias etílicas, principalmente com o pessoal do meu antigo trabalho. Adriano continua vivendo lá e sempre comenta de suas andanças pela cidade, o que acaba se tornando momentos de nostalgia para mim. Hoje, após mais um comentário dele, fui remetido ao Beirute, que apesar dos funcionários públicos mais reacionários dizerem se tratar de um bar gay, na verdade é um tradicional bar brasiliense que freqüentava assiduamente no ano que fiquei por lá. Próximo ao Eixão e das quadras comerciais estilosas do Plano Piloto, concentra muitos jornalistas e funcionários públicos mais ligados a ministérios culturais e sociais do governo.

Era sempre muito bom ficar bêbado a base das greens heinekens bem geladas e laricóides como porção de homus com pão árabe. Por ser dos anos 60, assim como Brasília, apresenta algumas similaridades com bares da Rua Augusta, Pinheiros ou de Copacabana, talvez por conta de seus letreiros e azulejos. Claro que o fato de ser aberto, o torna mais confortável que os bares paulistanos e cariocas, também por contar com os grandes espaços que o plano piloto conseguiu preservar ao longo do tempo. Com certeza ta entre as coisas que mais me trazem boas lembranças da Capital, junto com o Arena, o Bilhar com rock’n roll, o Cine Brasília, e a Chapada dos Veaderos.

Quando cheguei ao Rio, ao contrário de Brasília, tive um entusiasmo nos primeiros momentos que vivi por aqui, principalmente por sua música e suas praias. Porém, logo depois entrei em depressão. Pensava que encontraria pessoas tão interessantes por aqui como eu tinha em Brasília. Porém, muitas das pessoas que conheci por aqui preferem correr a beber, o que, para um atleta do álcool, as tornavam as totalmente sem graça. Tive que forçosamente entrar para a vida adulta, o que profissionalmente me fez muito bem, já que não acordo mais de ressaca durante a semana e me obrigou a pensar mais no futuro e de certa forma me fez olhar para as necessidades e os prazeres que existem nesse meu momento de vida, como fazer atividades físicas e ficar mais em casa.

Mas a verdade é que vejo que tive muito mais identificação com o povo de lá. Na verdade, ninguém é de lá. A grande maioria das pessoas que conheci eram pessoas que vinham de vários cantos do Brasil por conta dos concursos públicos, motivo que acredito torna a cidade tão interessante e talvez cosmopolita. Talvez uma universidade pública para quem já está formado, com pessoas com grande formação cultural e que trazem um pouco de sua experiência de lugares tão diferentes do País.

Sempre que me perguntavam sobre o que eu achava de Brasília, fazia duras críticas a cidade, principalmente por 2 motivos unicamente físicos. Sua distância de SP e seu clima seco. Nunca considerei a cidade ruim por conta de seus problemas de corrupção, talvez pelo mesmo motivo que a violência do Rio e o caos de SP não fazem parte dos meus métodos de avaliação da qualidade de uma cidade. Mas posso dizer que pouco valorizei certos aspectos humanos desta cidade. Seria muita ingenuidade minha não admirar uma cidade que formou nossos grandes heróis do nosso rock nacional, como Renato Russo, Herbert Vianna e Cássia Eller.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Overdose de Informações

Uma da manhã. A madrugada promete ser longa. To mais ou menos fazendo as mesmas coisas que venho fazendo nas últimas noites. TV ligada na CNN, pra tentar melhorar meu “Listening”, apesar de estar prestando atenção em outras coisas, principalmente matérias de jornais antigos, que se acumulam por se tratarem de temas tão interessantes, mas ao mesmo tempo cada vez mais difícil de ler, já que a informações disponíveis na internet costumam ser mais atraentes. Com essa overdose de informação, a confusão na minha cabeça parece estar no mesmo nível das bagunças que se instauram em casa.

Apesar disso, e da minha dor de cabeça que me deixou sem condições de fazer nada o dia inteiro até às 6 da tarde, posso dizer que esse fim de semana foi produtivo. Muita coisa ainda pra organizar, principalmente as informações da minha última viagem que ainda não consegui ir atrás. Junte-se a isso coisas do trabalho que gostaria de ler nesse fim de semana e um livro de inglês que gostaria de estudar, e do sax que gostaria de treinar. Passei longe de todas essas coisas. De qualquer forma, o quartinho do fundo e o quarto do entretenimento/visitas parecem bem mais organizados, claro que com a ajuda da Juliana.

Inclusive esses dois dias direto em casa (algo que não fazia há meses), foi bom pra gente ver o quanto de coisas não usamos e que estão se acumulando num apto de 60 m2 e que praticamente não mexemos. Acho que faz parte do fato de que em toda a nossa vida vivíamos em casa e podíamos juntar bagunça por mais de 10 anos...

Também consegui ver 2 filmes nesse fim de semana. Uma verdadeira conquista! Nesses tempos de 10 lançamentos no cinema a cada fim de semana e o baú de obras primas cada vez mais a nossa disposição por conta dos torrents, o excesso de informação vem me consumindo. Tenho uns 100 filmes pra ver ou organizar as legendas, que ajudam nessa sensação de desordem na minha cabeça que venho sentindo nesses últimos dias. Preferi não mexer nesses entulhos e alugar direto na locadora, que é do lado de casa e tem delivery!!! Por módicos 10 reais, assisti 2 filmes que tratam de temas que sempre me interessaram. A leste de Bucareste, mais um filme que tenta falar sobre os últimos momentos do comunismo na Romênia. Na mesma linha que Adeus Lênin, mas não tão interessante nem tão engraçado, é mais uma maneira de entender essa região estranha da Europa, que quase ninguém fala a respeito, que fica bem nessa confusão toda entre mundo ocidental e mundo árabe e ex-mundo socialista. Também vi Na Era da Inocência, do mesmo diretor de Invasões Bárbaras. O cara conseguiu fazer um filme mais deprimente ainda. Apesar disso, achei as reflexões desse filme bem atuais, apesar de ter absoluta certeza que meu espírito está longe de ser contaminado por uma visão tão pessimista da nossa existência. Apesar de Era da Inocência ter um final de esperança, Invasões Bárbaras me pareceu muito mais leve e real.

O fim de semana teve diversas visitas aos fóruns da internet. Sempre aprendendo muita coisa pela web. Uma visita ao Outback, é sempre bom, dessa vez até melhor, porque não caí na tentação de comer aquela cebola deliciosa e gordurosa. Ter ido direto na salada me deixou com a consciência mais tranqüila, apesar de saber que não fiz atividade física nenhuma, um crime pra quem está acima dos 100kg. Entretanto não pus uma gota de álcool, o que pode ser considerado uma evolução, apesar da dor de cabeça ter me atacado como de costume. O Palmeiras não deu vexame no Nordeste, o que pode ser considerada uma boa notícia pra um palmeirense cansado de derrotas como eu. Mano Menezes é o novo técnico da seleção. Cara novo. Estava no lugar certo na hora certa. O Brasil sempre foi famoso por pessoas diplomáticas em seus postos mais altos. Colocar o nervoso Muricy seria repetir o mesmo erro de Dunga na seleção. Deus escreve certo por linhas tortas.

Bom. Esse é meu primeiro post de verdade nesse blog. Espero atualiza-lo sempre. Tenho vontade de escrever um monte de coisa que penso. Quem sabe esse é o melhor canal. Também quero compartilhar as coisas que gosto, tipo músicas e essas pinturas que pus no outro post. Quando tiver sem paciência pra escrever, posto essas coisas mais interativas. Mas a mensagem do post é essa. Muitas coisas pra fazer, muitas coisas a serem organizadas. Apesar de não me fazerem mal, espero que essa sensação de bagunça na minha vida dê um pouco de trégua. Bom. Um item a menos a me preocupar! Consegui escrever meu primeiro post no blog!!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

de uma reportagem do Estadão desses dias

Leger




Jasper Johns


Robert Rauschenberg



Frank Stella





Kandinski



David Salle



Pollock




Willem de Kooning


Sidney Janis




Mondrian



De Stael



Dubuffet






Kline






Lanskoy